O amanhecer

Existem pessoas que não acreditam em fadas porque um dia lhes falaram que elas não existiam. Mas, há pessoas que acreditam em fadas justamente porque lhes falaram que elas não existiam. Qual delas é você? A magia está entre nós, basta querer vê-la.

sábado, 20 de novembro de 2010

Ao futuro?

O fim de tarde fora lindo. O céu azul foi-se tingindo vagarosamente se laranja, para depois permitir a entrada do amarelo, do rosa,e, por fim, do vermelho. As gaivotas voavam despreocupadamente, apreciando os últimos raios solares, antes de se dirigirem aos seus ninhos.Os barcos entravam no porto, ou saiam, para empreender viagens a novos horizontes, em busca de novos Sóis poentes. À sua voltada, a cada instante tudo ficava mais calmo, mais silencioso, mais fresco, mais suave.
Por fim, quando não havia o que se ver além da escuridão, era a hora de ir. Seus ouvidos cansados dos sons da cidade, ansiavam por um som mais suava, um jazz. O caminho era longo, a noite era doce. Ela andou, andou, andou. Passou por bares em que estavam seus amigos, passou por hotéis cm turistas, passou por outros perdidos, até chegar a um pequeno prédio. Vasculhou em seus bolsos um chaveiro e uma chave. Abriu o portão externo e depois a porta de sua própria casa.
-Tira os sapatos!Tira os sapatos!Não!
Gritava uma menina suada, com a roupa suja e molhada. A outra, ainda relembrando o que havia visto, embalada pela música e perdida em seus pensamentos nem sequer imaginou que devesse prestar atenção à sua volta. Seus pés sabiam os caminhos. Porém, quando ela trancou a porta e se deparou com um olhar fulminante, soube que havia algo errado. Deu um meio sorriso, tirou os fones do ouvido e olhou ao seu redor.
-Você acha que eu sou o quê?
-Hãn...Neste momento uma bruxa que está prestes a subir em um...hãn...rodo e voar.
-Muito engraçada. O quê você tem na cabeça? Eu não sua empregada!Mas também não dá pra viver nesse chiqueiro!E você ainda entra com esse seu sapato velho e sujo e estraga o chão que eu tinha acabado de limpar.
-Deixa de ser chata.

Por fim, uma pega uma batata e a outra um computador.

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