O amanhecer

Existem pessoas que não acreditam em fadas porque um dia lhes falaram que elas não existiam. Mas, há pessoas que acreditam em fadas justamente porque lhes falaram que elas não existiam. Qual delas é você? A magia está entre nós, basta querer vê-la.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Summer Love: Jorge e Mariana

Summer Love: Jorge e Mariana: "Após um longo silêncio, ocorrido depois de um não tão longo arfar... -Acabou... -O quê? -Acabou. -O quê acabou? Pergunta o homem nu, deit..."

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Summer Love: A grande descoberta

Summer Love: A grande descoberta: "Era a primeira vez que Hina ia para a cidade. Seus pais estavam alegres em poder lhe dar este presente em seu aniversário de sete anos. A ..."

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A descoberta

Era a primeira vez que Hina ia para a cidade. Seus pais estavam alegres em poder lhe dar este presente em seu aniversário de sete anos. A vida na fazenda não era fácil, mas era bem agradável. Uma vida simples, como deve ser, repleta de amor e ternura.

Os donos da fazenda haviam chegado há poucos dias, e estavam tão alegres com o nascimento do jovem Pedro que resolveram presentear os bons caseiros, que há anos tomavam conta da casa no interior, com uma noite no festival que acontecia anualmente na cidade mais próxima.

Todos se arrumaram, como há muito não faziam. A pequena Hina ficou um charme, a mãe simplesmente maravilhosa, e o pai mal cabia em si de orgulho da própria família. Os donos da fazenda, embora mais endinheirados eram simples e bons. Durante a breve viagem a menina ficou a balançar no carro chique, ouvindo a conversa dos adultos, e uma música suave. Por hora adormecia, por hora observava as estrelas lá fora, perdidas na noite clara e tranquila.

Quando se aproximaram da cidade, seus olhos brilharam, seu coração acelerou-se. Viu de longe grandes luzes, uma multidão, e enfim o carro parou. O local estava cheio de gente, pessoas belas, que ela nunca vira. O ar enchia-se com o som da música, com o cheiro das comidas, com as vozes das pessoas. A noite não era mais tão vazia.

Era tudo alegria, andou e brincou a noite toda. Comeu doces e salgados que nunca provara, tivera a coragem de ir em grandes brinquedos nunca imaginados. Os adultos se divertiam tanto com ela, adoravam ver aquele olhar brilhante e aquele sorriso único.

Por fim, já noite alta, era hora de voltar para casa. Estava tão cansada que nem se importou em ter que deixar a diversão que nunca tivera. Voltou para os braços do pai, e foi gingando até sua cama. Lá deitada, com a porta entre aberta, ouvia ainda os risos dos pais que conversavam, pela janela via as últimas estrelas, até elas riam-se.

Aquilo era a pura alegria, era a primeira vez que a magia acontecia com tanta grandeza.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Ali, depois da curva, tem um segredo

Sou como um poço profundo, as histórias já estão contidas em mim. Elas emanam das entranhas da terra mas, sou um poço antigo, calmo, sereno, sagrado. São ideias, essências, que simplesmente são. Ficam aqui, contidas por paredes grossas, sérias, protetoras. Aí, acontece algo interessante. Afinal, quando algo deve acontecer, acontece. Se não for por um meio, é por outro, ou então outro, ou outro...
            Como lhe disse, minha fonte não jorra. Então, como minhas ideias florescem? Simples. Certas vezes, vem um pequeno pássaro negro como a noite. Ele pousa em minhas paredes e observa seu reflexo, porém, como minhas águas também negras são, ele nada vê. Fosse qualquer outro pássaro alçaria voo, e nunca mais voltaria. Mas, nem todos são temerosos do desconhecido. Ele me olha, me observa, me sente, me namora.
            Por fim, decide-se. Levanta-se em um curto salto e mergulha. Sente a água gélida de séculos, penetrando em sua pele quente e suja. Quando finalmente sai, sente-se limpo, sente-se outro, sente-se novo, cheio de coisas a contar. Mas, ele não pode. Os outros pássaros não o escutam, e os outros seres não o entendem. Não importa, ele sabe, ele simplesmente sabe.
            Então algo curioso acontece. Quando ele me deixa, e vai nadar pelos céus, também negros, vai deixando atrás de si pequenas gotículas de minha água. Tais gotículas molham pequenos grãos, pequenas sementes, que descobrem forças para florescer. Assim, todos veem refletidas naqueles gãos e sementes já crescidos, a beleza de minhas histórias. Não sabem de onde vieram, mal sabem explicar o que sentem com elas, mas ficam felizes em vê-las. Agradecem.
            É só isso que importa. A alegria, o prazer do momento. Nada temos além disso, o resto é falso. O momento é belo, como a noite, como a escuridão, como o pássaro, como minha águas.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Max

Sua vida era simples e deliciosa. Desde pequeno estava naquela mesma família que o amava indiscriminadamente. No início eram mais apegados, falavam com ele de um jeito estranho, com a voz fina e cheia de ondas. Todos corriam com ele e ao seu redor. Era tudo festa. Seus erros eram vistos com surpresa e risos, o pegavam no colo e o abraçavam.

Depois, mudaram um pouco. Seus erros eram repreendidos mais gravemente, mas era tudo tão bom. Saiam para passear, brincavam com ele, o chamavam, o perturbavam, estavam sempre presentes. Mas, por vezes ele sofria e se preocupava com eles.

Sentia em seu íntimo os problemas. Vira as crianças crescendo. Vira a mãe chorar certa vez, queria tanto pedir para que ela parasse, declarar seu amor incondicional, dizer que ficaria tudo bem no final. Mas, não era possível. Fazia o que podia. Ficava sempre por perto, mostrava-se feliz, tentava fazer gracinhas para anima-los. E também sentia que eles o entendiam.

Agora o olhavam com uma ternura maior. Afinal, o tempo passa, não é? Por fim, ele estava cansado. Não de brincar, de comer, de correr, de amar aqueles que o cercavam. Mas, cansado de se conter, de querer fazer algo e não conseguir. Era triste, por quê, ele se perguntava, o que estava acontecendo... Não entendia.

Suas últimas lembranças foram os olhos repletos de lágrimas daqueles que ele tanto amava, e os sorrisos de gratidão por todos aqueles momentos mágicos que dividira com eles. Ele sabia que aquele amor iria durar para sempre, e que eles iam ficar bem, mesmo sem ele por perto para garantir. Que eles só queriam o melhor para ele, e naquele momento não havia mais o que fazer, senão proporcionar um bom e merecido descanso.
E assim ele se foi.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

AF

Ela chega em casa depois das aulas no turno da noite. Tudo era uma grande enganação, um grande caos.
Os sentimentos se misturavam e se intensificavam nela cada vez mais fácil. Tudo era uma grande salada.
Não havia ninguém interessante na faculdade naquela noite. Seu querido não fora para a aula e ainda não ligara para ela, suas amigas, por vezes desapareciam do mapa.
Foi, voltou, ninguém percebeu que realmente estivera lá. A não ser talvez, quando gritava que estava presente para a professora.
Entrou na internet e nada. Um grande vazio estava rondando-a. O pior quando estes vazios acontecem?
Fazem a pessoa pensar. Pensar que os outros só ligam quando não tem nada melhor para fazer, porque nas horas boas, nem atendem o celular, e é óbvio que tal regra nunca se aplica a si mesma.
Entrou no e-mail e só havia coisas chatas e anúncios de coisas perdidas. Por quê raios as próprias pessoas não se perdem?
Entrou no chat e só tinha pessoas desinteressantes.
No resto?Ah, nem valia a pena entrar.
Sabe, outro problema é as pessoas não terem o menor censo de realidade. Estas pessoas não tem amigos? Por quê estes não falam para aquelas caírem na real?
Pq, sabe, na real, isto tudo me irrita. Principalmente quando eu não tenho coisas que queira fazer.FATO

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Início?

Sabe aquele começo que começa sempre, todos os dias, incessantemente? Sabe o que é olhar a escurisão até que uma pequena luz se inicia, e então o céu, comovido, vai se vestindo, se arrumando, se tingindo. Do negro estrelado, ao azul escuro, ao azul claro, ao branco, ao vermelho,ao amarelo, ao rosa... Só a lua, em sua vaidade não some. Este sentimento de que tudo torna, como o mar, esse acreditar que tudo sempre tornará, que basta apenas esperar um momento. É esse o sentimento, é esta a beleza escondida entre as páginas.