Ela chega em casa depois das aulas no turno da noite. Tudo era uma grande enganação, um grande caos.
Os sentimentos se misturavam e se intensificavam nela cada vez mais fácil. Tudo era uma grande salada.
Não havia ninguém interessante na faculdade naquela noite. Seu querido não fora para a aula e ainda não ligara para ela, suas amigas, por vezes desapareciam do mapa.
Foi, voltou, ninguém percebeu que realmente estivera lá. A não ser talvez, quando gritava que estava presente para a professora.
Entrou na internet e nada. Um grande vazio estava rondando-a. O pior quando estes vazios acontecem?
Fazem a pessoa pensar. Pensar que os outros só ligam quando não tem nada melhor para fazer, porque nas horas boas, nem atendem o celular, e é óbvio que tal regra nunca se aplica a si mesma.
Entrou no e-mail e só havia coisas chatas e anúncios de coisas perdidas. Por quê raios as próprias pessoas não se perdem?
Entrou no chat e só tinha pessoas desinteressantes.
No resto?Ah, nem valia a pena entrar.
Sabe, outro problema é as pessoas não terem o menor censo de realidade. Estas pessoas não tem amigos? Por quê estes não falam para aquelas caírem na real?
Pq, sabe, na real, isto tudo me irrita. Principalmente quando eu não tenho coisas que queira fazer.FATO
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Início?
Sabe aquele começo que começa sempre, todos os dias, incessantemente? Sabe o que é olhar a escurisão até que uma pequena luz se inicia, e então o céu, comovido, vai se vestindo, se arrumando, se tingindo. Do negro estrelado, ao azul escuro, ao azul claro, ao branco, ao vermelho,ao amarelo, ao rosa... Só a lua, em sua vaidade não some. Este sentimento de que tudo torna, como o mar, esse acreditar que tudo sempre tornará, que basta apenas esperar um momento. É esse o sentimento, é esta a beleza escondida entre as páginas.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Jorge e Mariana
Após um longo silêncio, ocorrido depois de um não tão longo arfar...
-Acabou...
-O quê?
-Acabou.
-O quê acabou?
Pergunta o homem nu, deitado na cama, à mulher nua, sentada na beirada da cama.
-O amor.
-Do que cê tá falando, Mariana?
-Você não me entende, não me ouve! Acabou o amor! Isso? Isso é só sexo, coisa mais animalesca. Não teve amor. Há tempos que percebo isso...
-Não foi bom pra você, é isso? Quer mais?
-Não tô falando disso, Jorge. O amor... Sabe? Aquela coisa de ter o coração acelerado, de olhos brilhando, de sorriros, de declarações, de velas, de risos e elogios. Cadê? Cadê tudo isso?
-Deixa de besteira. Vem deitar, tá tarde...
-Assim? Cadê a conversa?
-Que conversa, mulher?
-Esquece. Não quero mais. Acabou, não tem mais volta.
-Acabou o amor não, gata. Vem cá, vem.
-Adeus.
Ela sai do quarto, enquanto pega suas roupas jogadas descuidadamente ao chão. Ele continua deitado, apoiado agora sobre os cotovelos, resmungando baixinho sobre as mulheres. Por um momento joga o lençol para o lado, e pensa em ir atrás dela. Mas, pensa que não tem culpa de nada. Aquilo, nada mais era do que coisa da cabeça de mulher. Já, já, ela volta, toda melosa.
Assim, deitou-se, e esperou. Ouviu um baque. A porta. Será que era verdade? Será que ela fora embora? Ah, mulher dá muito trabalho, eita tipinho carente! Deixa, eu não fiz nada. Ela que volte, e ai se não se desculpar. Virou-se, então, para o lado, todo emburrado e esperou, até adormecer.
É, Jorge, vai esperando... Mas espera cochilando mesmo. Porque aquele tipinho, não volta mais.
-Acabou...
-O quê?
-Acabou.
-O quê acabou?
Pergunta o homem nu, deitado na cama, à mulher nua, sentada na beirada da cama.
-O amor.
-Do que cê tá falando, Mariana?
-Você não me entende, não me ouve! Acabou o amor! Isso? Isso é só sexo, coisa mais animalesca. Não teve amor. Há tempos que percebo isso...
-Não foi bom pra você, é isso? Quer mais?
-Não tô falando disso, Jorge. O amor... Sabe? Aquela coisa de ter o coração acelerado, de olhos brilhando, de sorriros, de declarações, de velas, de risos e elogios. Cadê? Cadê tudo isso?
-Deixa de besteira. Vem deitar, tá tarde...
-Assim? Cadê a conversa?
-Que conversa, mulher?
-Esquece. Não quero mais. Acabou, não tem mais volta.
-Acabou o amor não, gata. Vem cá, vem.
-Adeus.
Ela sai do quarto, enquanto pega suas roupas jogadas descuidadamente ao chão. Ele continua deitado, apoiado agora sobre os cotovelos, resmungando baixinho sobre as mulheres. Por um momento joga o lençol para o lado, e pensa em ir atrás dela. Mas, pensa que não tem culpa de nada. Aquilo, nada mais era do que coisa da cabeça de mulher. Já, já, ela volta, toda melosa.
Assim, deitou-se, e esperou. Ouviu um baque. A porta. Será que era verdade? Será que ela fora embora? Ah, mulher dá muito trabalho, eita tipinho carente! Deixa, eu não fiz nada. Ela que volte, e ai se não se desculpar. Virou-se, então, para o lado, todo emburrado e esperou, até adormecer.
É, Jorge, vai esperando... Mas espera cochilando mesmo. Porque aquele tipinho, não volta mais.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
pois eh
Ela já não era mais a mesma. Seus olhos não tinham aquela inocência. Não eram do azul claro de que me lembrava. Eram um azul profundo, de que quer se perder nas próprias lembranças, pois não se interessa pelo presente, e nem imagina o que seja o futuro.
Sua pela não era mais alva e delicada. Estava sempre queimada de Sol, e eu sentia dentro de mim que era áspera, depois de tantos toques.
Seus cabelos, antigamente lisos e loiros, quase prateados eram enrolados vulgarmente e tingidos de um vermelhidão, como uma doença que quer se mostrar. A boca, tão pequenina e delicada sempre rósea agora era rubra, preenchida.
Lembrei-me de nossos carnavais. Quando ela se vestia de cigana, mostrando o corpo delicado, envolto por véus coloridos, parecia uma catedral. Agora? Mal havia panos, mal havia delicadeza, era a própria decadência.
Sua pela não era mais alva e delicada. Estava sempre queimada de Sol, e eu sentia dentro de mim que era áspera, depois de tantos toques.
Seus cabelos, antigamente lisos e loiros, quase prateados eram enrolados vulgarmente e tingidos de um vermelhidão, como uma doença que quer se mostrar. A boca, tão pequenina e delicada sempre rósea agora era rubra, preenchida.
Lembrei-me de nossos carnavais. Quando ela se vestia de cigana, mostrando o corpo delicado, envolto por véus coloridos, parecia uma catedral. Agora? Mal havia panos, mal havia delicadeza, era a própria decadência.
sábado, 20 de novembro de 2010
Ao futuro?
O fim de tarde fora lindo. O céu azul foi-se tingindo vagarosamente se laranja, para depois permitir a entrada do amarelo, do rosa,e, por fim, do vermelho. As gaivotas voavam despreocupadamente, apreciando os últimos raios solares, antes de se dirigirem aos seus ninhos.Os barcos entravam no porto, ou saiam, para empreender viagens a novos horizontes, em busca de novos Sóis poentes. À sua voltada, a cada instante tudo ficava mais calmo, mais silencioso, mais fresco, mais suave.
Por fim, quando não havia o que se ver além da escuridão, era a hora de ir. Seus ouvidos cansados dos sons da cidade, ansiavam por um som mais suava, um jazz. O caminho era longo, a noite era doce. Ela andou, andou, andou. Passou por bares em que estavam seus amigos, passou por hotéis cm turistas, passou por outros perdidos, até chegar a um pequeno prédio. Vasculhou em seus bolsos um chaveiro e uma chave. Abriu o portão externo e depois a porta de sua própria casa.
-Tira os sapatos!Tira os sapatos!Não!
Gritava uma menina suada, com a roupa suja e molhada. A outra, ainda relembrando o que havia visto, embalada pela música e perdida em seus pensamentos nem sequer imaginou que devesse prestar atenção à sua volta. Seus pés sabiam os caminhos. Porém, quando ela trancou a porta e se deparou com um olhar fulminante, soube que havia algo errado. Deu um meio sorriso, tirou os fones do ouvido e olhou ao seu redor.
-Você acha que eu sou o quê?
-Hãn...Neste momento uma bruxa que está prestes a subir em um...hãn...rodo e voar.
-Muito engraçada. O quê você tem na cabeça? Eu não sua empregada!Mas também não dá pra viver nesse chiqueiro!E você ainda entra com esse seu sapato velho e sujo e estraga o chão que eu tinha acabado de limpar.
-Deixa de ser chata.
Por fim, uma pega uma batata e a outra um computador.
Por fim, quando não havia o que se ver além da escuridão, era a hora de ir. Seus ouvidos cansados dos sons da cidade, ansiavam por um som mais suava, um jazz. O caminho era longo, a noite era doce. Ela andou, andou, andou. Passou por bares em que estavam seus amigos, passou por hotéis cm turistas, passou por outros perdidos, até chegar a um pequeno prédio. Vasculhou em seus bolsos um chaveiro e uma chave. Abriu o portão externo e depois a porta de sua própria casa.
-Tira os sapatos!Tira os sapatos!Não!
Gritava uma menina suada, com a roupa suja e molhada. A outra, ainda relembrando o que havia visto, embalada pela música e perdida em seus pensamentos nem sequer imaginou que devesse prestar atenção à sua volta. Seus pés sabiam os caminhos. Porém, quando ela trancou a porta e se deparou com um olhar fulminante, soube que havia algo errado. Deu um meio sorriso, tirou os fones do ouvido e olhou ao seu redor.
-Você acha que eu sou o quê?
-Hãn...Neste momento uma bruxa que está prestes a subir em um...hãn...rodo e voar.
-Muito engraçada. O quê você tem na cabeça? Eu não sua empregada!Mas também não dá pra viver nesse chiqueiro!E você ainda entra com esse seu sapato velho e sujo e estraga o chão que eu tinha acabado de limpar.
-Deixa de ser chata.
Por fim, uma pega uma batata e a outra um computador.
domingo, 14 de novembro de 2010
Old
Elsa estava sentada no escritório de seu marido na antiga casa da rua Amador de Barros.
Ela sabia que ficaria lá por pouco tempo.
Olhava as paredes que há tantos anos acompanhavam com nostalgia, e, ao mesmo tempo, como se fosse a primeira vez.
Tantas histórias, tantas histórias.
A casa estava vazia. Murcha.
Seus olhos encheram-se de lágrimas. Nada mais podia ser feito.
Pegou a pequena mala e foi embora.
Ela sabia que ficaria lá por pouco tempo.
Olhava as paredes que há tantos anos acompanhavam com nostalgia, e, ao mesmo tempo, como se fosse a primeira vez.
Tantas histórias, tantas histórias.
A casa estava vazia. Murcha.
Seus olhos encheram-se de lágrimas. Nada mais podia ser feito.
Pegou a pequena mala e foi embora.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Quando a vida começa?
Preciso de tempo para escrever.
Tempo para pensar nas coisas.
Tempo para viver.
Mais um mês...
Tempo para pensar nas coisas.
Tempo para viver.
Mais um mês...
Assinar:
Postagens (Atom)